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Mulher perde cabelo após fazer escova progressiva em Goiás

Uma servidora da Regional da Saúde de Anápolis (GO) perdeu 30% do couro cabeludo após se submeter ao procedimento químico à base de formol.

A nova vítima disse que passou por cinco procedimentos químicos em um salão da cidade. Após o alisamento, percebeu que parte dos cabelos havia caído. Ela procurou um dermatologista e descobriu que o cabelo perdido não vai maos se regenerar devido ao alto grau de agressão ao couro cabeludo.

A Vigilância Sanitária de Goiás registrou outras sete denúncias de mulheres com reações alérgicas que foram feitas na cidade nos últimos 15 dias, mas ainda estão sendo apuradas. Uma das vítimas morreu.

Mulher morre após escova progressiva. Produto é apreendido

Maria Eni da Silva ainda estava com uma mistura de cremes e formol nos cabelos quando reclamou de fortes dores de cabeça e dificuldades de respirar (Jornal O Popular)

GOIÂNIA - Uma dona-de-casa de 33 anos morreu três dias depois de fazer uma escova progressiva para alisar o cabelo. De acordo com a família, Maria Eni da Silva ainda estava com uma mistura de cremes e formol nos cabelos quando reclamou de fortes dores de cabeça e dificuldades de respirar, na terça-feira. A suspeita é de que ela tenha sido intoxicada pelos produtos, aplicados em um salão de Porangatu, em Goiás.

Os produtos suspeitos de terem provocado a morte de Maria Ení foram apreendidos e enviados a Goiânia para a realização de um exame toxicológico. O Instituto de Criminalística de Goiás vai realizar uma biopsia para esclarecer as circunstâncias da morte.

Segundo a família, a vítima foi atendida no hospital municipal da cidade por volta das 5h. Ela foi liberada e seguiu a orientação médica de tomar leite, mas, cerca de meia hora depois, entrou em choque. Maria Eni ainda foi levada para um hospital particular, mas os médicos disseram que nada poderia ser feito.

- Ela chegou em estado de falência e pouco depois sofreu uma parada cardíaca - disse um médico.

De acordo com a delegada Cynthia Christyane Alves Costa, responsável pelo caso, a dona do salão onde Maria Eni teria feito a escova progressiva negou que tenha atendido a vítima. Ainda assim, a polícia instaurou inquérito e investiga o caso. A delegada disse que num primeiro momento vai ouvir as pessoas que tiveram contato com a vítima durante os dias que antecederam a morte.

Especialistas alertam para abuso do uso de produtos químicos

O abuso do uso de produtos químicos tem trazido problemas para as mulheres, provocando, além de um resultado estético indesejado, problemas de saúde e até a morte. De acordo com o dermatologista Murilo Drummond, da Academia Americana de Dermatologia e Sociedade Brasileira de Dermatologia e Cirurgia Dermatológica, a escova progressiva, que virou uma febre entre as brasileiras, é uma das grandes vilãs .

- As pessoas não sabem o que está dentro do pote. Não é um produto industrializado que você abre o pote e sabe o que tem dentro. Cada um tem a sua fórmula milagrosa. A pessoa fica com o cabelo engessado, com a fisionomia modificada e nem sempre conseguimos reverter a situação. Os casos mais graves precisam ser tratados com cortisona e antibiótico, além de loções e xampus de uso tópico.

Segundo ele, é comum as pessoas dizerem que não há formol em sua fórmula, mesmo com a substância presente. A partir da terceira vez, o bulbo capilar fica impregnado pelo produto e pode ser destruído. Não é sempre, mas pode acontecer entre 5% e 10% dos casos, principalmente quando há repetição do processo.

Após morte por escova progressiva, formol é tema em feira

SÃO PAULO - O combate ao uso do formol em produtos que prometem deixar os cabelos lisos foi um dos principais temas da feira Hair Brasil, que terminou na segunda-feira, 16, em São Paulo. No último dia do evento, técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deram uma palestra sobre o uso inadequado da substância. As empresas de cosméticos, por outro lado, oferecem produtos e técnicas que deixam os cabelos lisos, sem formol em sua composição.
De acordo com o técnico da Anvisa Marcelo Sidi, que presidiu a palestra, o formol, nas concentrações permitidas, não age como um alisante de cabelos. "Utilizamos até 0,2% de formol, mas com a ação de conservar o produto e não com a função de alisar" explicou. Segundo Sidi, a substância também pode ser utilizada como endurecedor de unhas. "É permitido o uso de até 5% em esmaltes, mas a cutícula deve ser protegida com óleo ou cera."
Em março, uma mulher morreu após fazer escova progressiva em Goiás. Três dias após aplicar o produto durante a técnica de alisamento, a dona de casa Maria Eni da Silva, de 33 anos, teve uma reação alérgica e uma intoxicação causou sua morte.
O uso do formol em cosméticos é nocivo ao organismo. "O formol é um agente irritante da pele e sua utilização pode causar, a médio e longo prazo, câncer de pele e pulmão", disse. Se o gás for inalado, causa tosse, dor de garganta, tontura, irritação no nariz, não só no cliente, mas também no profissional.
Existem no mercado produtos que, sem utilizar formol, garantem o liso prolongado aos cabelos. É o caso do tioglicolato de amônia. "Deixa o cabelo definitivamente liso", explicou a técnica do departamento de alisamento e tratamento da marca Tânagra, Márcia Esther Gomes de Oliveira.
Tire suas dúvidas O presidente da Sociedade Brasileira para Estudo do Cabelo, Valcinir Bedin responde sobre as principais dúvidas sobre o uso da escola progressiva:
Qualquer mulher pode fazer escova progressiva ?
As restrições são as de sempre. Menores de 12 anos de idade não devem fazer de jeito nenhum, porque essas meninas ainda não têm a produção de hormônios que influenciam o cabelo. Se fizer antes dessa idade pode ter um prejuízo definitivo.
A partir daí, pode-se fazer, sempre observando os cuidados para os casos que tenham restrição, do tipo doença do couro cabeludo ou alergia aos componentes, o que é mais sério ainda.
As idosas podem fazer também, sem limites, mas o melhor é que as mulheres gostassem do cabelo que têm.
Como a mulher percebe que o alisamento não deu certo?
As reações imediatas de alergia são irritação nos olhos, secura no nariz e na boca e ardor ou inchaço na cabeça. Se tiver essas reações, a pessoa deve procurar ajuda médica. A longo prazo, não há problemas.
O cabelo pode ficar mais frágil. E é importante que a pessoa saiba qual produto causou a reação alérgica, para evitá-lo.
A longo prazo a escova progressiva pode trazer danos à mulher, mesmo que tenha sido feita de forma correta?
Não há evidências desse fato. O cabelo pode ficar mais frágil, quebradiço, porque a escova mexe na estrutura capilar, mas pode-se fazer sem restrição.
Os riscos1) O uso do formol em cosméticos é permitido apenas nas funções de conservante (no limite máximo de 0,2%) e como agente endurecedor de unhas (limite máximo de 5%). Como alisante, o formol age destruindo as moléculas que dão forma aos fios de cabelo e por isso, provoca ressecamento.
2) O uso dessa solução em alisantes resulta em graves riscos à saúde como irritação, dor e queimadura na pele, ferimentos em vias respiratórias e danos irreversíveis aos olhos e ao cabelo.
3) O formol é considerado cancerígeno pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
4) O que deve ser observado no rótulo: o número do registro na Anvisa, o modo de uso, o prazo da validade, as advertências e restrições de uso.
5) Os alisantes capilares são registrados para uso comercial e/ou profissional, com concentrações e condições de uso diferenciadas. Quem não atuar na área, não deve adquirir um produto de uso profissional.
6) No salão, observe se o profissional é experiente; se o produto possui registro na Anvisa; E se a substância ativa que será utilizada não vai causar reação com produtos usados anteriormente no cabelo. Tenha certeza de que todas as etapas foram respeitadas e se o tempo de pausa foi obedecido.
7) Os alisantes registrados na Anvisa não têm formol na composição. A legislação brasileira aprova o uso de outras substâncias para alisamento capilar, como: ácido tioglicólico, hidróxido de sódio, hidróxido de lítio, carbonato de guanidina e hidróxido de cálcio.
8) Se perceber que o profissional vai usar formol, a cliente deve se recusar a fazer o tratamento e acionar o órgão de Vigilância Sanitária de sua cidade.

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